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Mostrando postagens de 2015

Novembro de cão (dias de cão)

Novembro começou assim... Sem me dizer nada! Um sorriso sereno foi descansar os ares em outro território, voltou de olhos fechados. Doeu o peito, embargou a voz, silenciou o riso e entristeceu o mês. ... Levanta da cama devido ao barulho. Corre ao banheiro alivia a bexiga. Toma um café sem acúçar, pra sentir o amargor da fruta. Se delicia com lembranças de um beijo cafeinado de outrora. Lava a alma com cloro. Sobe em um a lata que corre na pista. Encontra um sorriso, uma pele com cheiro de amor. Faz uma 'breve longa' viagem. Desce do ônibus, sorrisos desfeitos. Nem comida tem mais! Novembro é o mês do caos,  é o mês do cão. Uma conversa à toa é um sorriso que vai sem permissão. Corre pra cá, volta pra lá, e descobre uma refeição, enfim. Tenta nutrir, o corpo sarar... Enquanto no chão, um corpo a sangrar. É triste essa dor, a dor do pensamento, nos torna cruéis. Em momentos de tristeza, queremos a justa vingança. De quem é a culpa? Não sei. Mais um corpo

Dilúvio Vazio

Ali sentada em seu trono furtado, ela fumava a última centelha de cigarro. Toda brasa aquecia seu abdômen, toda água que caia, levantava as labaredas. Sorrisos vazios ela sentia, o 'não-ser' de sua tristeza, nada lhe dizia. A linda Ana não gostava de sorrir, sempre que estava com medo ou preocupação, ficava em silêncio. As águas de julho caiam como se ainda fossem o "dilúvio bíblico". Ana escrevia, tomava um café e fumava mais uns tantos cigarros. A vizinhança estava silenciosa como se todos dormissem por medo da chuva, mas, ela sabia que era apenas o frio, vertido em um sentimento de preguiça. A pequena Ana não se sentia solitária, mas naquele momento queria ouvir uma risada vazia e ver um olhar perdido. Poderia ser do vizinho, ou até mesmo sua imagem refletida no espelho. Mas...  Sabemos que Ana não sorria.

Quem sabe do amor (Part. II)

- Dandara, você é tão misteriosa. - Você que vê mistério em tudo, querido Ruslan. - Será o mistério uma característica do amor? - Não sei, mas li em livro que o mistério torna a vida mais excitante,  concordo com Wilde. A vida quando exposta demais, perde o encanto. Faz parte da curiosidade a caçada, procurar é algo cálido. A descoberta é fascinante, mas se mostro tudo, acabo a caçada. E uma caçada findada, é uma aventura passada. - O que você sugere, então? Vocês mulheres sempre querem manter o mistério. - Não concordo contigo, conheci mulheres pouco misteriosas e homem misteriosos demais. Algumas pessoas preferem guardar silêncio, outras costumam ser transparentes em tudo que fazem. Eu, por exemplo, procuro ser sincera, pois, ser misteriosa é diferente de omitir alguma informação. - Dandara, pare com essa confusão! Você já colocou mais conceitos, e eu só quero saber se o mistério é uma característica do amor! - Calma, Ruslan. Eu só estou tentando esclarecer ess

About your funeral

Um passo numa caminhada matinal. Um riso numa conversa informal. Um grito de dor abdominal. Uma despedida que indica o fim do carnaval. Pássaros que cantam: caiam fora do meu quintal Não são flores que enfeitam teu jardim abissal. As pedras me afogam em teu cerimonial. As luzes iluminam nosso Graal. Foi busca perdida.  Foi volta sofrida.  Foi noite banida. Foram flores vivas para falar do teu funeral.