Quando percebemos que não significamos mais.
É duro aceitar que o afeto não foi suficiente, que a vida encarregou-se de confundir.
Meu corpo não mais será tocado. Todo prazer deve ser dele apartado.
Já não há esperanças para plantar em meu jardim.
Em meu quarto há uma perene escuridão, e nela me afogarei.
Não, Tchay!
Não há mais motivos para ouvir tuas concertos!
Não enxergo o amor que me apresentasse um dia!
Hoje só há essa dor que assola meu peito.
As emoções me agarrou por trás, prendeu-me o fôlego e fugiu.
Percorri um árduo caminho.
Chorei duras lágrimas.
Senti falta dos sorrisos sinceros.
Da esperança que havia em teus olhos.
Ansiava por um beijo, mas nem carinho recebi.
Acusou-me de coisas terríveis, que nem se quer pensei.
Se apaixonar por uma luz ofuscada pela dor, não é fácil.
Os vermes secam só de alcançar o aroma putrefato desse sentimento.
Nefasto sorriso deu-me.
Horrendo e fracassado desejo, roubaste o viço desta jovem que chora estas palavras.
Chamou-me.
Sorriu-me
Agarrou-me.
Iludiu-me
Enfraquecido...
Correu.
Chorou.
Não compreendeu.
Confuso morreu...
Nem o cheiro da putrefação do desejo sobreviveu.
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